sábado, 28 de junho de 2008

“O que fui, o que sou, o que serei… A vida!”

Fui homem, sou puto, serei nada!
Fui nada de um nada, que me fez nada, para ser nada!
Fui fruto, dei fruto, já não dou nada, para mais nada dar!
Afinal! O que fui, o que sou, o que serei?
Nada? Tudo? Mais ou menos nada ou quiçá mais ou menos tudo?

Fui homem genético, sou gasto genético, serei pó genético!
Fui matéria, sou matéria, serei adubo!
Ao fim de algum tempo, já sei o que sou!
Fui gente da gente que viveu num tempo de gente!
Hoje sou um velho, entre os velhos, vivendo num sítio de velhos!
Serei no futuro um grão de pó entre os pós, inserido nos pós, com a sorte de estar com outros pós numa grande poeira…
Afinal, todos nascemos para ser pó!

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